Interdisciplinaridade no Direito: Como funciona? Qual a sua importância?

Você certamente já ouviu falar sobre assuntos interdisciplinares, principalmente na universidade, quando os professores querem referir-se a um conteúdo que estabelece relações entre duas ou mais disciplinas ou áreas de conhecimento. No Direito, a interdisciplinaridade está cada dia mais presente, ou seja, a necessidade de obter conhecimentos em diferentes ramos para lidar com uma determinada situação.

Podemos pensar na interdisciplinaridade no Direito como uma teia de conexões, onde o ponto A conecta-se com o B, com o C, e assim sucessivamente, formando uma grande rede de pontos interligados. Isto porque o profissional que atua nesta advocacia 4.0, humana e tecnológica, deve dominar uma série de outras áreas, além do Direito em si, para ter uma base sólida e completa.

Interdisciplinaridade na educação

Em um artigo publicado na Revista Brasileira de Educação, 2008, o autor Juares da Silva Thiesen, analisa que a interdisciplinaridade, em âmbito geral, visa à recuperação da unidade humana pela passagem de uma subjetividade para uma intersubjetividade e, assim sendo, “recupera a idéia primeira de cultura (formação do homem total), o papel da escola (formação do homem inserido em sua realidade) e o papel do homem (agente das mudanças do mundo).” (https://www.scielo.br/j/rbedu/a/swDcnzst9SVpJvpx6tGYmFr/)

Ele conclui que essa junção de conhecimentos a fim de obter experiências para um determinado assunto faz muito sentido para o mundo em que vivemos, pois retoma, aos poucos, o caráter de interdependência e interatividade existente entre as coisas e as idéias, na medida em que percebemos que as matérias estão conectadas “numa grande rede ou teia de interações complexas”.

No Direito, o mesmo fenômeno educacional e comportamental é observado. Existe um movimento do ecossistema jurídico que acredita que, mais que decorar o código, é preciso unir criatividade, relações humanas, diálogo, experiências para tomadas de decisões: “atitude crítica e reflexiva, enfim, numa visão articuladora que rompe com o pensamento disciplinar, parcelado, hierárquico, fragmentado”, como defende Thiesen em seu artigo.

O Direito interdisciplinar

Um dos principais objetivos do mercado de trabalho exigir profissionais interdisciplinares ou multidisciplinares é para que o advogado (a) tenha uma visão global acerca das situações que aparecem no dia a dia e, desta forma, possa entender um problema como parte de algo maior e não isolado.

Desta forma,  conhecer outras matérias e dominar soft skills, por exemplo, é extremamente importante para que o profissional posa encontrar as melhores soluções para os clientes e para o escritório

Além de conteúdos já inseridos na graduação de Direito, como política, filosofia, ética, economia e administração, é essencial que os currículos escolares possam ir além, oferecendo vivências que exijam do aluno e futuro profissional aprendizados como oratória, redação, marketing, relacionamentos, negócios, cultura e história, além da prática necessária.

Multidisciplina na prática

É claro que não se espera que um profissional seja expert em tudo. A interdisciplinaridade no Direito diz respeito muito mais a entender como se lida com diferentes situações do que saber todas as respostas. Existem no mercado diversos cursos que ensinam diferentes habilidades para os que se interessam em conhecer mais do que a faculdade entrega. Muitas pessoas, entretanto, aprendem na prática, pesquisando e indo atrás daquele conhecimento que ainda falta.

No escritório Rutzen Advocacia apostamos no Direito interdisciplinar capaz de enxergar diferentes soluções e entregar ao cliente um trabalho de excelência, com olhar aberto para todos os campos possíveis. Nosso foco é atender o cliente com a certeza de que conseguiremos construir o melhor caminho. A interdisciplinaridade no Direito representa o mundo atual em que vivemos: alternativas infinitas que unem a tecnologia, conhecimento e relacionamento.